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Surf no lixo contemporâneo: a que ponto chegamos! E que mundo deixaremos de herança para Keith Richards?

terça-feira, 28 de abril de 2009

Índio não gosta de viver em palhoça?


O racismo desavergonhado de um grileiro

“O que ficar nós vamos derrubar ou colocar fogo para colaborar com a cultura indígena. Índio não gosta de viver em palhoça?” – provocou o grileiro de terras indígenas, Paulo César Quartiero (foto), ontem ao comentar sobre a retirada dos arrozeiros da Terra Indígena Raposa-Serra do Sol, de Roraima.

O jornal Zero Hora de Porto Alegre fez, semanas atrás, uma matéria laudatória sobre o “gaúcho” Paulo César Quartiero, onde o grileiro e racista é pintado como vítima da decisão do STF. Em nenhum momento, o jornal da RBS lembrou aos seus leitores que Quartiero grilou terras (ocupação ilegal e definitiva) há trinta anos em Roraima, e que sempre sutentou a ocupação irregular na base da contratação de jagunços armados ilegalmente, com arsenal exclusivo das Forças Armadas.

20 comentários:

Carlos Eduardo da Maia disse...

Não vou defender o grileiro, até porque concordo com a decisão unânime (inclusive com o voto do Gilmar Mendes do caso Raposa Serra do Sol) mas não vejo nada de racista no comentário. Aliás, é muito parecido com outros comentários que certas pessoas fazem em relação aos brancos ou aos de olhos azuis. A sociedade moderna tem que aprender a conviver com a diversidade. Que os índios gostam de morar em Palhoça é incontestável, faz parte de sua cultura. Seria impensável -- e não se poderia exigir isso dos índios -- eles tomarem conta da fazendo do grileiro e produzirem zilhões e zilhões de sacos de arroz. Esse tipo de produção não faz parte da cultura indígena e isso deve ser respeitado. Fato semelhante ocorre aqui em Porto Alegre. Existe no mercadinho do Bom Fim uma loja para os índios. Eles poderiam fazer ali um empório arrumadinho, bonitinho para vender seus produtos, mas eles preferem utilizar aquele local -- que é privilegiado -- como depósito. Isso faz parte da cultura indígena. É assim que eles vivem, é assim que eles querem viver, eles não estão interessados na cultura da civilização ocidental e isso tem que ser respeitado. Não se trata de racismo, mas de respeito à diversidade.

zeca disse...

Impressionante... o cara sabe simplesmente TUDO!

E nem fica vermelho.

Anônimo disse...

O mais impressionante mesmo é que o cara não sabe simplesmene nada, dá uma googleada rápida e emite opinões bestas e odores fétidos.

el barto disse...

gordo safado e sem-vergonha!! "gente de bem".

Anônimo disse...

Ocupou terras públicas durante 30 anos. Garantiu a ocupação à força, com armamento ilegal, de uso exclusivo das forças armadas. Não pagou imposto algum sobre a terra. Ganhou milhões em cima da ocupação ilegal. Ao sair não deixa pedra sobre pedra. E ainda vai querer ser indenizado. O Maia acha natural. Afinal, também faz parte da cultura dele.

Gilmar Antonio Crestani disse...

A RBS não critica grileiro porque seria contra sua categoria. Afinal, ela também grilou a mídia gaúcha e catarinense. Talvez grilo não seja exatamente o nome para ser dado a RBS, (nuvem de) gafanhoto fica mais apropriado.

Anônimo disse...

O Maia não o minimo de pudor:

"eles não estão interessados na cultura da civilização ocidental e isso tem que ser respeitado. Não se trata de racismo, mas de respeito à diversidade."

O Quartieiro e a classe social que ele representa e que o defende, é racista, preconceituosa, e aproveita todas as oportunidades de tomar a terra dos indios, em conluio com prefeitos, donos de cartórios, e contando sempre com a defesa da classe, e a simpatia dos barões da midia.

Claudio Dode

Noiram disse...

"A sociedade moderna tem que aprender a conviver com a diversidade", então, estão certos os governos da Venezuela e Bolívia em defender seu povo, de maioria indígena, do neoliberalismo nefasto.

Nelson Antônio Fazenda disse...

Em se tratando de Zero Hora, não poderíamos esperar coisa diferente.

ANDRÉ F. disse...

Além de ser o século do cinismo,há que se aturar imprensa defendendo estes poltrões...E até o próprio chimarrão que esse gordo idiota provavelmente toma(como"bom gauchinho"que é)ja é desapropriação cultural dos indios do sul;"conterrãneos"d'ele.Desapropriado,alias,junto com outros gêneros,pelos quais os indios deveriam ser regiamente gratificados!Me lembrou aquela letra:"...riscar os índios,nada esperar dos pretos..."(ÔÔ Eduardo da Maia:Índio CAÇA pra comer e precisa estar sempre em trânsito.Índio não é feirante!)(ÔÔ Zeca:"Fica cala-boca!"...)(ÕÔ Gilmar Crestani:Falou e disse!!)

Anônimo disse...

"O arroz da Raposa/Serra do Sol acabou.

Dois milhões deixarão de comer arroz de Roraima!

Atendendo a um leitor, damos abaixo os números do arroz de Roraima.

A miopia ideológica do governo em relação à Raposa/Serra do Sol provoca um irônico esbarrão com a realidade da crise mundial de alimentos. A ironia está em que a demarcação implica na interrupção da produção de arroz na área. Roraima será importador do produto.

Além de abastecer o mercado local, o arroz abastecia o mercado do Amazonas, Pará e Amapá.

Estimativas da Embrapa estimam que o arroz de Roraima alimentasse uma população de dois milhões de pessoas.

O arroz era cultivado em Roraima há mais de três décadas, com índices de produtividade que hoje são os mais altos do País, superiores a 6 toneladas por hectare.

Como a área cultivada era de 20 mil hectares, a produção oscilava entre 120-130 mil toneladas/ano. E proporcionava mais de 6 mil empregos diretos e indiretos, sendo que representava 7 a 8% do PIB de Roraima.

Com a decisão de expulsar os arrozeiros, o Governo coloca em risco não apenas a ordem social do Estado como a própria segurança alimentícia da população de Roraima e dos Estados para os quais o arroz era enviado."

http://gpsdoagronegocio.blogspot.com/2009/04/o-arroz-da-raposaserra-do-sol-acabou.html

Anônimo disse...

Só anonimo mesmo para achar que a preocupação da quadrilha do Quartieiro estava preocupado com a segurança alimentar.

E o resto do estado que está fora da reserva não planta porque?

Depois não vale mentir, não é mesmo? 20.000 ha. de arroz irrigado gerar 6.000 emprehos? Mentira grossa, e grosseira.
Nem com todos os jagunços e pistoleiros que contratavam não dá para chegar nem perto destes seis mil empregos.

Claudio Dode

Anônimo disse...

e por que não fazer a conta em sentido contrário: quanto alimento e quanto emprego poderiam ser gerados pela mata agora destruída, por todo o ecossistema mutilado?

será que o mundo inteiro precisa comer arroz? os alimentos que a própria natureza se encarrega de disseminar pelas diferentes regiões do planeta precisam ser erradicados e substituídos por um cereal e os interesses de algumas multinacionais?

sim, há muitos alienígenas de olho na região amazônica. só que não estão querendo chegar lá, já estão lá faz um tempão.

Anônimo disse...

Simplesmente, um guasca imbecil e arrogante (vale o triplo pleonasmo). Devem ser processados pelo MPF por ofensa ao meio ambiente e destruição da natureza. Deve ser obrigado a indenizações aos povos donos das terras.

armando

Noiram disse...

Tá bom (anônimo das dezessete horas e trinta e quatro minutos), vamos desmatar toda a Amazônia e plantar arroz. Vamos dinamitar a Cordilheira dos Andes, pô-la pra baixo, e plantar arroz. Vamos degelar a Antártida e plantar arroz. Aí, a gente gera emprego e acaba com a de 6 bilhões e tantos habitantes do planeta, e ficaremos ricos. Money, money, money!!!

É mais fácil que achar uma solução para a crise mundial.

Anônimo disse...

O maior produtor de arroz da Raposa/Serra do Sol era o gaúcho Paulo César Quartiero. Ademais, criava cerca de 5 mil bois da raça canchim, além de plantar soja. Encontrava-se ali desde a década de 70, quando o governo Médici implantou a política "ocupar para integar" Foi exemplo de pioneirismo, de coragem e de muito trabalho.

André F. disse...

Pois é tipo de "pioneirismo" burro,subserviente e exploratório!Como foi também o governo desse torturador oligofrênico...A Transamazônica também era parte dessa mentalidade de "ocupar para integrar".Mas o que fêz foi impedir uma "colheita" racional dos "Tesouros"(só dizendo assim!)que já "abundam" por aquelas terras há séculos sem intervenção alguma de qualquer "massa-de-manobra" que se intitule "Criador"."Produtor".É como arrancar um olho sadio,colocar uma prótese ordinária no lugar e depois ainda se orgulhar da cagada!

Anônimo disse...

André Fodido!

O Brasil ficou maravilhoso a partir de 2002!

Antes disso, nada foi feito no país.


O Mágico (Luladrão) é bão meismo!

André F. disse...

RARERIDORATO!Na verdade mesmo NADA!A gente tinha o "País da Cocagña"(êpa,cuidado com os trocadilhos)nas mãos ,e acabamos com vastos campos de soja e vacas peidorrentas de sangue envenenado.Eu CAGO prá essa BARGANHA RUIM...

Anônimo disse...

Sem falar que as vacas peidorrentas,as colheitadeiras,desmatamento para plantações e pastagens são responsáveis por mais um crime contra a natureza;Grilo gosta de calor....

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