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Surf no lixo contemporâneo: a que ponto chegamos! E que mundo deixaremos de herança para Keith Richards?

quarta-feira, 17 de outubro de 2007


Denis é o cara

A marola da neodireita comercial – aquela que sempre descola um palanquezinho bem remunerado na mídia – não vem de hoje.

Faz 19 anos – desde que caiu o baluarte conservador de Porto Alegre aos pés de Olívio Dutra – que Denis Rosenfeldt se escalou para ser o anti-PT e, depois, o anti-Lula. Justiça se faça a ele. Denis foi o primeiro. Ganha bem para isso. É tido como um dos nouveaux philosophes, porque, como os coleguinhas ultras dele, dá aula de filosofia. É pouco, para Rosenfeldt.

Durante muitos anos ele combateu sozinho, com fervor de cruzado, o diabo vermelho. Os outros só o estão imitando.

[Do jornalista Nirlando Beirão, na revista Carta Capital, desta semana.]


11 comentários:

Carlos Eduardo da Maia disse...

Rosenfeldt é ex petista, ex esquerdista e participou dos primeiros anos da administração Olívio na prefeitura de POrto Alegre. Depois a ficha caiu, porque vislumbrou que a picaretagem não é monopólio da direita. A esquerda também faz picaretagem. E das grossas. O grande engano, o grande equívoco é imaginar que as pessoas mudam, porque elas são compradas e prostituídas pelo mercado. Não, as pessoas mudam, porque amadurescem, porque vivenciam a realidade do dia a dia, porque lêem, porque aprendem, porque se tornam críticas, porque debatem, porque são protagônicas. Mas certa esquerda assim não admite, porque se acha -- com dose cavalar de arrogância -- latifundiária do monopólio das boas ações, das boas vontades, da ética, da melhor administração. E qualquer governo que não seja de esquerda é lixo neoliberal. A França que é a França, país que vivenciou e respirou revolução (1789) e diversas revoltas "socialistas" (1848 e 1871) elegeu recentemente o Sarkô, que hoje é um ícone, não do fascismo direitóide, mas da administração. Sarkô inseriu em seu gabinete pessoas competentes, entre estes 4 socialistas, por um motivo muito simples: eles são bons gestores. A vela da ideologia se apagou e a esquerda brasileira continua a comprar o querosene. O que importa é gestão competente. Não interessa se o governo é de direita, de centro ou de esquerda. Por essas babaquices ideológicas o governo do PT demorou 5 anos para fazer uma "privatização" decente no Brasil. Perdemos tempo. Perdemos dinheiro.

Anônimo disse...

Sarkô, o racista populista.

Anônimo disse...

Denis não participou da administração e nunca foi militante do PT.Gostaria de ser indicado secretário da cultura pelo alto, pois se tem muito em conta.Diga-se de passagem nem a direita o quer em nenhum cargo,certamente sua gestão noi CNPQ no governo de FHC deixaram marcas inolvidáveis até para a direita.Quando foi candidato à reitor da UFRGS ficou em último lugar, para gaudio da maioria.As cenas de puxa-saquismo na tentativa de ser secretário da cultura do município ficaram à beira do rísivel, tanto que ninguém ousou apresentá-lo no decorrer dos debates no diretorio municipal. Hoje cumpre o triste papel de fazer palestras para o pior das elites patrimonialistas do país, leia-se antigo PFL e senhoras da UDR em Bagé. Todo provinciano tem o intelectual que merece.

Anônimo disse...

O pior defeito de um intelectual é desonestidade. Nesse quesito, o tal do Denis suplanta o Olavo Carvalho, pois este, pelo menos, é coerente.

Interessante, que as mídias da unanimidade daqui de SP sempre o estão ouvindo. Por quê será?

Anônimo disse...

Informação complementar: a tentativa de se tornar secretário deu-se nos meses imediatamente anteriores à posse de Tarso Genro,vítima do assédio. Os nomes apresentados ao diretório foram à época os de Antonio Hohfeldt e de Pilla Vares, que acabou reconduzido.

Anônimo disse...

"O que importa é gestão competente. Não interessa se o governo é de direita, de centro ou de esquerda."
O cara diz, que o importa é a gestão( o negócio, o mercado..)
E aí ele acha que:
"O grande engano, o grande equívoco é imaginar que as pessoas mudam, porque elas são compradas e prostituídas pelo mercado"
E olha a azeitona do pastel:
"Não, as pessoas mudam, porque amadurescem, porque vivenciam a realidade do dia a dia, porque lêem, porque aprendem, porque se tornam críticas"
Se tornam criticas de que e de quem?
passam a ser admiradores e devotos do mercado e seus atores principais. E por isso mesmo adoram serem "comprados" ou seja, valorizados pelo santificado mercado. E pasam a ler Caras e aprender comn o Xou da Xuxa.
Vai...Eremildo...vai

Anônimo disse...

Se a questão é amadurecer, penso continuar verde, mas sem abrir mão do azul do Imortal e do vermelho da contestação,

Carlos Eduardo da Maia disse...

Cláudio Dode. Uma coisa é gestão (que pode ser pública e privada e são diferentes) outra coisa é mercado. Um esquerdista pode saber tudo sobre Marx, Gramsci, pode militar e jogar pedra na casa-grande etc., mas pode ser um péssimo gestor e fazer picaretagens, também. Não é a ideologia que vai definir que tal governo é melhor ou pior: é a competência gerencial. E gestão pública é diferente de gestão privada, uma vez que o Estado tem que gerenciar atividades que não devem ser lucrativas, mas elas devem sim funcionar e, sobretudo, para aqueles que efetivamente necessitam do Estado, porque não têm acesso ao serviço privado. Aquele tempo que se acreditava que a esquerda é que tem o monopólio da crítica, da sensibilidade e do bom discurso já passou. É passado. O mundo mudou e que bom que o mundo mudou.

Anônimo disse...

é um reles imitador barato do olavo... e imita muito mal...

Anônimo disse...

O Maia:

Um Facista pode ser um bom gestor mas vai sempre ser um facista, então vai ser um bom gestor facista.
Agora o Ivo Pitanguy é um grande médico, e o é inclusive ideologicamente. E por isso, por este posicionamento ideológico ( a fatia de mercado que ele se dedica ou explora - cirurgia plástica -(ou reciclagem de "emergente")ele não faria, e nunca, uma boa gestão num hospital publico, de cujas demandas não tem conhecimento.

Anônimo disse...

Discordo Dode, o Pitanguy começou num hospital público no RJ. E conhece mto bem como funciona. Vai lá uma vez por semana operar quem não tem condições. Não sei se continua fazendo, mas fez por muitos e muitos anos. Acho q faria uma boa gestão! Denise

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